As noites agora são mais doces, na subterrânea dor da morte
O Sol desce mais tarde sobre a terra que o espera e leva mais tempo a despedir-se da terra que deixa
Eu sou a terra que o Sol deixa devagarinho. Ainda mal se nota e já eu vi que o Sol parte mais tarde
Porém, sou terra emocionada que está viva, na alegria de ser alguém
Aventuro-me na vida e vivo o impossível rasando sempre o possível, mesmo que não provável e às vezes as coisas abrem-se à realidade e são viáveis como as madrugadas súbitas
Nunca desistir da vida é segurar o Sol todos os dias, um pouco mais, cada vez mais e descer a mil passos uma encosta
Até encontrar a doçura da vida, esse apocalíptico bem-estar que torna as noites boas antes da derradeira e infinita
É assim com o amor. Também ele retém o Sol todos os dias e beija as mãos amadas com ternura e euforia, ficando sempre um pouco mais antes da partida
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