haverá algures uma nuvem que tu olhas e eu não vi
mas não há nuvem que eu olhe, onde não esteja, despojadamente bela
a tua imagem, o mais puro hálito de ti
e vejo
despojadamente belos os teus olhos para mim
e ouço
despojadamente bela a tua voz como nunca vi
e digo
chamar-te, meu amor, depois sorrir e descer a pé a noite,
até dormir, são passos de uma rima que começa e acaba
sempre em ti
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