1.3.21

Não tenho palavras fortuitas nem ocasionais, só tenho as palavras aguçadas para a expressão rubra do amor. Não me interessa quem queiras, quem toques, quem faças vibrar de amor, quem beije em adoração o teu riso e sinta no peito a ressonância do teu amor. Interessa-me só ver-te e sentir-te, inverter o tempo e voltar atrás, às premissas da paixão, à primordial vivência do teu ser que tanto me tem dado sem saber. Interessa-me dar, dar tudo que tenho e não é muito, ver-te crescer para além de ti, mostrar-te o homem sedutor, o homem sensível, o poeta que és na ínfima corda do teu coração, a mais vibrante e a que faz vibrar. Adorar-te é pouco. Querer-te é muito. Mas eu quero, quero, quero-te muito, na imersão do corpo, na emersão da alma e tudo, até às minhas palavras, é pouco. Obrigada pela alegria e suavidade que me dás.

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