E se trazes no teu rosto a cartografia de viagens aprazadas, pensa na viagem maior, a das doces palavras - (do sultão para a sultana, do rei para a rainha ou para a escrava, que o amor só conhece a pele, não as escalas, não as escadas.
E se trazes no teu peito amargas brasas, adoça as palavras por esta que, apagada, se aviva por ti, e é gueixa, serva ou musa, amante e às vezes, bruxa.
E se trazes nas tuas mãos alguma mágoa, deixa que tas beije e beba como água. Não partas para longe deste lume e, se partires, transporta este fogo ígneo e puro para as noites entrebraços, entre medos, entre cumes.
Fora isso, não podes fazer mais nada.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio