A inspiração é um suspiro aspirado,
um sustenido sustido, no alto altar do
ser amado
Não aspiro a inspirar-me sem me
correr nas veias a visão e o alarme
deste forte arame d' alma
preso e solto ao doce nome
Não hei de por força inspirar-me
por quem me não me ame e guarde
Ser poeta é ter o coração nas mãos
Vê-lo bater e então, rimar, remar
Rumar às entranhas da memória
e depois deixar sair todo o sarro da fala
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