Serenamente, amor, nos prédios submissos, a névoa rasa a asa da borboleta menina 🦋
Serenamente, as vagas explodem nas medinas, onde a seca esmaga o coro das vozes recolhidas
Serenamente, as ribeiras calam sua sede e fica o solo fino, como o colo de mulher possuída
Serenamente, amor, os homens criam monstros e matam meninos com febres de terebentina
Serenamente, os dias passam velozmente, enquanto a morte vem e se aninha
Serenamente, amor, a vida dá as mãos sem pressa de viver mais vidas, serenas tardes sejam agora leves e vividas
Porque é serenamente que nos entregamos em vagas de amor que valem pelo tempo das escrituras antigas
Será verdade que a doce tentação das margaridas adoça as nossas tardes, resgata as nossas vidas?
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio