Prende-me o seio como barco ao cais
Perde-me o rumo de veleiro constante
Naufraga-me de ti em beijos de água
E busca-me a sede em seda amarga
Assim se dizia à luz do dia, o que a noite tanto nos pedia
Partimos as amarras ao vento andante
Não há maré que nos abrande o medo
Trémulos rios e trémulos ribeiros
Os nossos corpos assim se conheceram
Quando foi esse tempo, essa temperança? Eu naveguei só este barco de puro desejo e pura esperança?
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