4.5.21

Arroubos

Prende-me o seio como barco ao cais

Perde-me o rumo de veleiro constante

Naufraga-me de ti em beijos de água

E busca-me a sede em seda amarga

Assim se dizia à luz do dia, o que a noite tanto nos pedia


Partimos as amarras ao vento andante

Não há maré que nos abrande o medo

Trémulos rios e trémulos ribeiros

Os nossos corpos assim se conheceram


Quando foi esse tempo, essa temperança? Eu naveguei só este barco de puro desejo e pura esperança?


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