É como ver a face dura da morte expressa na nudez dos telhados, dos passeios e raros cafés entreabertos
Não cheira a terra molhada mas a sargetas entupidas. É quase agreste o álgido som dos carros distantes.
Não é suportável saber que a terra molhada te acompanha no lugar do corpo que amavas.
É insuportável imaginar a clausura coberta de flores, o mármore em que te tornaste, ainda moço.
Como pudeste escolher a morte, sabendo que tudo que tinhas ainda existe?
Como te apagaste numa manhã de sol, um sol brando e doce, meu pobre amigo?
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