Para convergir contigo nas águas do tempo, todas as palavras são poucas e são pobres para o quanto sentem
Quando evitamos andar nas bocas do povo como os amantes loucos, os doidos de amor antigo e persistente
Todas as palavras se mascaram em coisa incipiente, mas ardem por dentro arremessadas qual cometas errantes
Porque eles não sabem nem podem saber que dentro de nós cabe uma paisagem azul pintada pelo vento
Porque eles pisariam as rosas que nos deixamos, como se fossem serpentes
Porque, enfim, estamos num ponto infinito do olhar, unidos por suaves pensamentos e amamos secretamente o mesmo jardim do desejo
E sem razão tudo nos cresce, sem mais semente que a poesia rara e deferente
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