Escrevo com a ilusão de fazer um epitáfio aos dias negros da peste, mesmo sabendo que a peste não passou
Descansem em paz os dias velhos, as sombras negras e os vastos recantos onde cada qual arrastou a sua vida, se pôde mantê-la
Agora a vida mudou-se para a rua, vamos ser exuberantes e incautos, pode ser que passemos por entre os espirros sem espirrar
Vamos abrir o mundo como uma garrafa de espumante barato e borbulhar por aí nestes novos anos 20, tão loucos e famintos como os outros
Continuemos a trazer o passado para o futuro e o futuro pode ser uma nova insalubridade, uma negra investida de outra morte nova
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