Estar vivo é isto. Estar na boca dos outros, nos olhos dos outros, passar e apanhar doenças, passar e apaixonar-se pelas flores, ou pelos homens ou pelas mulheres em redor.
É isso. Estar vivo é sentir o frio a roer os ossos, chorar por amor, rir por amor, ceder por amor, fugir por amor, retorcer-se de ódio ou de pasmo. É isso e acender as velas por alguém, beijar o rosto enrugado da avó, cair no parque, assoar o nariz, deixar flores na campa dos mortos. Estar vivo é conhecer os caminhos todos e viver todas as emoções. Estar vivo pode ser ficar em casa a contemplar a vida. E depois cautelosamente vivê-la.
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