Decanta o verso, depura-te nele
Apura a rima, afina a emoção e eleva o tom da vida
E vibra com o vento ou com uma paixão nova
Cobre com um último sustenido uma antiga
Depura o verso, decanta-te nele, imita o grito mais fundo da alma vencida, ou o juvenil arrojo de uma emoção simples, apenas pressentida
Imita a neve que caía; resplandesce o sol, eleva a lua no seu canto e sopra pelas janelas o que o vento fazia
Depois, decanta a solidão, purifica a força subtil que te amplifica
E decanta-te, despeja-te de ti e encanta o que puderes à luz do dia
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