Algumas pessoas caminham sem se afundar. Outras até percorrem a face das águas sem submergir, numa epifania bíblica só vista pelos pés de Jesus.
Eu sou a que caminha leve e
tenta caminhar como quem voa.
Mas também sou a que se afunda com o próprio peso, mal põe os olhos na terra.
Não vejo onde me levam os meus passos, nem os leves, nem os que escavam fundamente as areias. Algumas pessoas sabem. Outras não. É o amor que faz o caminho, que pisa o caminho e afasta delicadamente as areias. Sem amor, os pés ficam presos ao chão, afundam-se como pedras, acabam os passos o voo, a orientação.
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