As contas de um velho colar, que nem sequer são pérolas, contam os dedos da mão, o suor sardento, alguma ânsia de ser. As coisas que tocamos contam short stories. Os rosários contam as horas, minutos e segundos das mãos piedosas em Cristo. O volante do meu carro, sabe que voamos juntos para o sol. As teclas do telemóvel servem de acendalha destes momentos em que me conto a ti. Quando te toco o olhar com os meus dedos cegos para te saber. Quando preciso que saibas que te sei e que anseio saber-te muito mais (pelas minhas contas, até que a eternidade nos esqueça).
Como se cada oração da noite fosse dedilhada num velho colar e na sua opacidade houvesse ainda o suor do amor. Como se o colar fosses tu e a tua pele tivesse a transparência do desejo ou as palavras vivas do amor.
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