escrever o indizível, morder o trigo na boca e as vogais em pão, celebrar contigo o fim deste princípio até chegarmos ao princípio deste fim
procastrinar o coração até doer dentro a alma limpa e limar as unhas na carne, por não haver mais facas nem setas, nem vidas
seria tão simples, eu por ti, tu por mim e os nós de seda lisos desatadamente presos
nas marés e nas partidas
melhor seria a noite deslizar como desliza na seda a pele lisa, duas próximas ilhas
um corpo neutro de papel, carbono arrefecido, passa tanto tempo nesta vida onde o tempo não foi vivido...
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