Prestimosamente ao vento toda a vontade se verga e ao som manso de um olhar soltam-se vagas vagosamente rubras, caindo sobre mim o declínio suave dos cílios seus
A cara lavada de sol, sombras na pele deliciosamente encantada e cega, sem poder olhar de frente a curva acentuada do amor
Toda a vontade se verga, tudo se embacia, de uma suavíssima claridade, à ideia do amor, à simples luz dos olhos seus
É como sentir que tudo se distende, os músculos, a voz e a vontade, na fita da estrada, numa curva afiada perto do poente
Num instante, acendo e apago a paixão, é cedo, acabei de chegar ao mundo e já a sua face me enche de plena suavidade
Tão limpa de dor ou de amargura, lavada pela serena cor dos céus, disperso-me no ar, assim magnífico, ao entardecer dos olhos seus
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