Quando o vento rasga o silêncio e geme na escuridão
A imperfeição da vida, a nossa frágil sujeição aos urros da natureza, tudo isso me ocupa o quarto e os ouvidos
Eu deixo de saber onde estou, se na aldeia ou na cidade, talvez num desabrigado casebre ou num andar de vidro duplo
Não sei bem quem sou e deixo-me ir devagar, imersa numa nuvem nos sentidos, mas não me abrigo, não me recolho
É estar assim o maior gozo. Um distante fogo, um rubor de desconforto, mas não sou eu que sofro. É outro.
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