22.5.22

Vale mais vivê-lo do que dizê-lo

Afirmo com as duas mãos e os dois pés esta estranha queda da idade que mata de vez a efabulação. Do amor, da paixão, dos sentidos. Sabemos sentir mas já não nos importa dizê-lo. Buscamos a suave concretização do dia e que seja breve a erupção da noite. Dizé-lo, sim, mas já passámos tantos anos a encenar o amor que subitamento, pela mão álgida do tempo, não queremos senão vivê-lo.

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