Tantos minutos tem um dia, cada dia com os seus pulsos, cada hora com seus vagares a absorver a pressa...
E eu tenho pressa, sim, cheguei tarde e hei de morrer depois de tudo poder ter acontecido, mas arregaço as mangas ao tempo, todos os dias lhe tomo o pulso e sinto. Sinto a sombra das rosas, o rasar do vento, a rubra juventude dos teus anos e sinto que sou ainda o início, a fonte a haste liminar da paixão.
Todos os dias o tempo, a estranha suavidade que nos enleia, neste enleado enleio.
E sinto tudo como quem não vê, como quem não sabe.
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