22.9.22

Impossível certeza

Um amor rupestre, como o nosso, uma matriz primeva cheia de cortes, erupções e ruturas. Um amor que cede sempre o lugar à deceção

Um amor milimétrico, contável por gestos e razões 
Grande e sublime gesto, o teu, amplos pulmões, quando me respiras a fala

E eu digo, disse, diria, mas não sei como direi o que me pesa. Não és tu, não, nem é a minha métrica presa

É antes a impossível certeza de nesta vida ter tempo e vaga para este oceano maior
que, existindo, passa, deixando seixos e silencioso recados de amor



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