25.9.22

Noivas de verão

Cevada, seiva, silvas,
tudo ceifa a morte sedenta de húmus

Eu que sóbria semeio sementes vivas de palavras 

Pensando, pesarosa, os dias sem mais peso que uma folha senil de outono

Eu que reduzo a vida a uma folha lisa, ainda assim encero todos os dias o olhar

Não vá o amor contra-natura que é a jovem paixão seródia

Reverberar pelas tardes como rosa tardia aberta no coração 

E saindo da escura morte seja a mais nupcial das noivas de verão 

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