18.10.22

De novo a chuva

Ainda e sempre a chuva, a afinação divina que nos lava por dentro, nos acalma e desassossega, proclamando a criação 

Ainda e sempre a chuva e os acordes do coração, ouve: 

ora parece mar ao longe, ora escura ameaça sem razão 

Confortáveis, filosofamos sobre o poder dessa pequena benção - talvez nos regenere, talvez nos limpe feridas e  faça correr paz em profusão 

Pergunta aos desabrigados da vida, os que estão dentro e os que estão fora, se a chuva tem a mesma poesia, se conseguem extrair dela o apaziguamento, a ténue ilusão 

Vejo-me a desejar que sim. Por agora, se puderes, se souberes, se sentires, dá-me secretamente a tua mão


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