Ainda e sempre a chuva, a afinação divina que nos lava por dentro, nos acalma e desassossega, proclamando a criação
Ainda e sempre a chuva e os acordes do coração, ouve:
ora parece mar ao longe, ora escura ameaça sem razão
Confortáveis, filosofamos sobre o poder dessa pequena benção - talvez nos regenere, talvez nos limpe feridas e faça correr paz em profusão
Pergunta aos desabrigados da vida, os que estão dentro e os que estão fora, se a chuva tem a mesma poesia, se conseguem extrair dela o apaziguamento, a ténue ilusão
Vejo-me a desejar que sim. Por agora, se puderes, se souberes, se sentires, dá-me secretamente a tua mão
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