E eu solto para ti os meus cabelos, curtos de mais para o efeito pretendido, o de musa atrevida, atriz semi-nua a coberto dos cabelos, longas crinas negras em olhos de carvão
Como nas fotos antigas, topas, uma musa de encher o olho, longos cilos negros de traição e tu vens pelas flores, mas é o beijo que buscas, é a boca louca rosa desfolhada algures antes de tempo
E eu tapo o meu corpo, não de musa nem de atriz em technicolor, mas de folha de outono, frágil, leve, verde seca, quase húmus na terra que me nutre e que me leva
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