7.11.22

Um lago de cisnes

Não,  não sei fazer da noite um lago de cisnes e nós nele a redopiar dentro

Era bom que pudesse fazer isso e atravessar este barro pardacento nas janelas

Para a claridade que sabemos nossa, algodão e nuvem na névoa em luz

Era bom chegar a tua voz ao meu ouvido, pequenina e trémula como um papiro desfeito

Tanto te diria, amor, mas sobretudo calava a solidão e entre nós só havia (haverá) gente, muita gente, mas estaremos, (estaríamos), sós.

No sonho de talvez ser, abismamos a realidade que não nos deixa dizer, lançar

um elo imaterial, que prende, desprende, reparte a  portentosa voz do amor

Até o amor chegar


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