Às vezes sou excessivamente feliz. É um perigo. É quando travo em cima do carro da frente ou quando apanho multas. Materalizada, num exercício de estilo, a felicidade é um voo de pássaro, é leve e veloz. Felicidade rima com voracidade, fugacidade e velocidade, porque não? Aceleramos o coração, a voz, o carro, até as mãos aceleram a tentar falar pela boca.
Nunca há apenas um suporte, uma vontade, um motivo. Tens de juntar as melhores cartas da tua vida para que a felicidade ganhe a partida dos teus anos.
Desassossegadamente feliz, sei que posso desembrionar-me, descasular-me, em queda, em cor, crisálida ansiosa por voaramar e depois ainda cega, vem a serena pausa de pousar.
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