A noite é o pesadelo dos pobres, a carga da existência adulta, pejada de variáveis incertas. Com que sonhamos?
Eu ontem fui de medo em medo, com o frio às costas, entre rostos sem rosto, febre e fumo, fadiga e exaltação.
Sonhos brancos, lírios de inocência, coisas que antes sonhei, onde estarão?
Sonham flores e odores a criança, o garoto, o ser apaixonado, as sereias e tágides que houver.
Mas nós, espíritos errantes, filhos da solidão, onde buscaremos a essência dos sonhos brancos de então?
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