Os poemas planam pelas águas deste rio, são anjos sem cair e falam-me com voz de água, contam-me de ti
As coisas ditas, lavadas, estendidas ao sol, são sinais que deixamos de uma passagem feliz por amor, pés na relva, braços fortes de ser, munidos de um olhar que diz, frugalmente, o que falta dizer
Os poemas planam, sem dono, podem ser ditos por bocas loucas, incertas como nós, mas nunca outros saberão como fomos
Meu amor, deixa-os planar como seja, como for. O céu sideral é o destino das nossas almas, talhadas parar o intenso querer
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