Ando pela vida com ligeireza, com a mesma desatenção com que largo os sapatos do dia, à entrada dos meus pés e again,
Na casa, em casa, numa casa qualquer, entro e depois não sei sair. Dispo-me devagar no soalho, deito a minha pele como cera, e aliso o brilho dos olhos nesse temporal e, olha,
Não me digam, pessoas, olha ali estão elas, again! não as conheço com os seus laços e lenços sem luz, nem enamoradas afeições e até
Na rua, fecho-me em parêntesis retos como vidros à prova do olhar, para não me captarem a dor dos passeios enlameados e sei
Se entranço o sonho e me ponho a dançar, receio gostar tanto (de ti) again que, depois, não possa parar
Ah, as enamoradas afeições que nos faziam tremer em cada carta! Sou a sombra exata do fim do amor, letras apagadas, destroçadas, sem sabor
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