2.8.24

Senti

Sem ti, como repreendo o mundo e apanho o passal para a vida? 

Sei que sem ti sou uma mulher perdida, daquelas que, em farrapos, procuram os seus dias de rainha.

Onde me sento a conjugar a vida? Sem ti, nada me sabe a flores e mel, sem ti, perdi o sal e o sol. Senti.

Sou a queda e não sei cair. Devolvo-me à dor de imaginar quando foi que te perdi.

Ou como foi que me iludi, menina e moça que não sou  com a morte a rir-se de mim.

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