Ouvindo a chuva no telhado, palpando bem a solidão, pergunto-me: se não fosse esta trovoada seca que aí vem, se não sentisse inusitados medos, sentiria esta falta profunda dos teus dedos? A tua mão, se me tocasse, quantas cordas tocaria? Dá que pensar o desvario de regressar uma e outra vez ao teu amor, como se existisse. Este medo primitivo de não haver nada mais além de mim, ninguém mais além de ti.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Recentemente...
Temos pena
A existência quem disse que se dissolva todos os dias na mesma velha taça dos mesmos dias? Um qualquer existencialista privado do sonho, uma...
Mensagens populares neste blogue
-
Ele costuma escrever-lhe cartas riscadas como vinil, cartas sem nome, curtas e voláteis, mas ela lia claramente o som da voz, a saudade da...
-
Entre montanhas planeio voos e plano sobretudo o lugar da ilha A vida existe mesmo que a não queira. Mesmo que a chame e a submeta aos pés d...
-
Comecei a desaparecer suavemente, com a mesma anónima entrada que fiz no mundo Vi com estes olhos a ruína do mundo, o mover de lodos e areia...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio