Uma cela fechada onde cresço com o que me restou
Um terrasso sobre o mundo onde pinto as dores da alegria
Palavras assombradas, a sair de uns dedos desabitados (porquê hoje?)
Porque resistes e descobres que nem tudo nos riscou o dia
Porque uma vida tem a duração exata da primeira à última resenha de poesia
E as contas são feitas com a emoção da primeira vista, do primeiro olhar que nos refletia
E, assim, não há nada em mim que te resista!
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