9.7.11


o dia adicionou-me devagar esta interioridade boa que vem sempre, quando tu me estreitas mais fundo e eu te estreito mais ainda e o tempo é um grande sorriso tonto na cara embevecida. tenho orgulho em nós. superamos todas as distâncias e engulhos e até quando o faremos, nem ocorre perguntar. o dia trouxe vento e muito sol, mas temperaturas baixas. a meio da tarde havia um assobio lamentoso que me fez pensar nas frestas da cidade.tenho de instalar vidros duplos na minha existência para que só entre o que quero ouvir. cada vez mais tu. és mesmo tu? ainda me custa a crer que enfim... esqueço-me sempre que houve um antes e o agora às vezes parece ser outra coisa tão diferente. com o tempo perdemos o tempo antigo, esse amplo enlace que começou com a compulsividade que antecede os vícios. e quando recuperamos esse tempo é como se o tempo voltasse a ser tempo. e então, com o silêncio das coisas sérias e dos fundos sorrisos, boa noite minha vida, podes agora fechar a noite devagar e mergulhar na seda das constelações onde repousa inteira a forma dos sonhos. e o reverso do inverso em que decorre esta orla comum da nossa vida.

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