o dia adicionou-me devagar esta interioridade boa que vem sempre, quando tu me estreitas mais fundo e eu te estreito mais ainda e o tempo é um grande sorriso tonto na cara embevecida. tenho orgulho em nós. superamos todas as distâncias e engulhos e até quando o faremos, nem ocorre perguntar. o dia trouxe vento e muito sol, mas temperaturas baixas. a meio da tarde havia um assobio lamentoso que me fez pensar nas frestas da cidade.tenho de instalar vidros duplos na minha existência para que só entre o que quero ouvir. cada vez mais tu. és mesmo tu? ainda me custa a crer que enfim... esqueço-me sempre que houve um antes e o agora às vezes parece ser outra coisa tão diferente. com o tempo perdemos o tempo antigo, esse amplo enlace que começou com a compulsividade que antecede os vícios. e quando recuperamos esse tempo é como se o tempo voltasse a ser tempo. e então, com o silêncio das coisas sérias e dos fundos sorrisos, boa noite minha vida, podes agora fechar a noite devagar e mergulhar na seda das constelações onde repousa inteira a forma dos sonhos. e o reverso do inverso em que decorre esta orla comum da nossa vida.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Recentemente...
Erva
Os meus olhos gelaram na terra fria, ventou demais onde estivemos, secaram-me os olhos, meu amor, palavras brasas antes agora cinzas. Que po...
Mensagens populares neste blogue
-
A casa ganhou as vésperas do fim e o frio da fala interrompida. Saíste quando não quiseste entrar, a casa estremeceu no seu alto pé, enquant...
-
Meu amigo querido que tanto me convocas, nos momentos eu já não posso falar-te, sem acessos materiais para o fazer, a não ser em pensamento....
-
Habito a suspensão do tempo, entre luas mortas e longíquos ventos o mistério da húmida substância cria raízes no meu peito, sou quase árvore...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio