é como uma canção que nos caminha nos sentidos, a lívida luz de um dia no exílio, a penumbra, o prelo da página, a pulsação da vida. flores na penumbra, a luz deslumbra. a paz da pomba, flores como pombas seios como rolas, rosas na penumbra, cheias e fecundas. é como um rasto de seda que nos afunda, aparição, paramento, prisão profunda, um subterrâneo na voz, água que pinga e tudo tão ao longe que a razão se confunde. fechar os olhos e ver a gigantesca onda que nos envolve, um novelo de hera em nossos corpos, a tarde trancada no porão e esta tranquila névoa que nos leva dentro de um nenúfar ao rossio amável da Primavera. pode ser apenas paz, ou presença, posso ser eu na mansidão do corpo, ou tu na amena erupção do desejo e tudo ser cúpido e morno, macio como um sonho. pérolas suavizando tudo...
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