
prenda da minha filha de 7 anos
convido-te para a festa do meu coração
não é uma ocasião vip
daquelas que luzem nas lantejoulas dos sorrisos
nem sequer se pode chamar festa ao meu convite
é mais um evento sem lugar
nem hora para acontecer
a minha festa terá flores
mesmo que as colha entre as silvas
a música será uma batida
tão fraca e imperceptível
como o pulsar das estrelas
quando adormecidas
os manjares serão por dentro
recheados de ternura
todo o ambiente será fresco
com uma paz feita de vento
nos rostos das molduras
borboletas sobre as flores
e a malvasia mais pura
convido-te
para que fiques na festa do meu olhar
a celebração dos anos
quando viemos de longe e chegamos
ao fundo da nossa terra
então eu mal brotava
num terreno indigente
ainda não sabia como alçar raizes
na flora funda do ventre
mas venci-me
e hoje se me festejo
é porque o mundo resplandece
nas suas poças de lama
porque a vida me apetece
mesmo quando a escuridão vem cedo
e no escuro ninguém chama
mesmo que tudo se aquiete
a pedra escura a seca rama
há uma lareira na minha esperança
não sei quem lhe dá força
a sopra e a amansa
mas sei que dentro de mim há festa
e que a minha mão te alcança
para uma valsa descalça
uma rapsódia da alma
uma cantata do corpo
um concerto de palavras
leves soltas e amáveis
nas fugas presas das águas
quando tudo, amor, são fundas frases
que nos penetram afáveis
e nos envolvem em xailes,
sudários e mantilhas
algodão e sedas finas
vem para a festa do meu coração
mas vem leve e luminoso
álacre como um moinho
quando o vento o inquieta e lhe mostra
o círculo sempre inconcluso
de um velho caminho
mas não faltes à festa de me ver viva
rodeada de cores puras e de fadiga
suaves sustenidos de sulcos
numa pele já antiga
mas laureada no paraíso
como a musa de Dante
que na morte lhe guarda a vida
mas sublimada no instinto
que na vida guarda a morte
com uma poção feita de lírios
e outros frutos abençoados do
corpo e do fascínio
Bom dia e um sorriso!
.
não é uma ocasião vip
daquelas que luzem nas lantejoulas dos sorrisos
nem sequer se pode chamar festa ao meu convite
é mais um evento sem lugar
nem hora para acontecer
a minha festa terá flores
mesmo que as colha entre as silvas
a música será uma batida
tão fraca e imperceptível
como o pulsar das estrelas
quando adormecidas
os manjares serão por dentro
recheados de ternura
todo o ambiente será fresco
com uma paz feita de vento
nos rostos das molduras
borboletas sobre as flores
e a malvasia mais pura
convido-te
para que fiques na festa do meu olhar
a celebração dos anos
quando viemos de longe e chegamos
ao fundo da nossa terra
então eu mal brotava
num terreno indigente
ainda não sabia como alçar raizes
na flora funda do ventre
mas venci-me
e hoje se me festejo
é porque o mundo resplandece
nas suas poças de lama
porque a vida me apetece
mesmo quando a escuridão vem cedo
e no escuro ninguém chama
mesmo que tudo se aquiete
a pedra escura a seca rama
há uma lareira na minha esperança
não sei quem lhe dá força
a sopra e a amansa
mas sei que dentro de mim há festa
e que a minha mão te alcança
para uma valsa descalça
uma rapsódia da alma
uma cantata do corpo
um concerto de palavras
leves soltas e amáveis
nas fugas presas das águas
quando tudo, amor, são fundas frases
que nos penetram afáveis
e nos envolvem em xailes,
sudários e mantilhas
algodão e sedas finas
vem para a festa do meu coração
mas vem leve e luminoso
álacre como um moinho
quando o vento o inquieta e lhe mostra
o círculo sempre inconcluso
de um velho caminho
mas não faltes à festa de me ver viva
rodeada de cores puras e de fadiga
suaves sustenidos de sulcos
numa pele já antiga
mas laureada no paraíso
como a musa de Dante
que na morte lhe guarda a vida
mas sublimada no instinto
que na vida guarda a morte
com uma poção feita de lírios
e outros frutos abençoados do
corpo e do fascínio
Bom dia e um sorriso!
.
que linda festa
ResponderEliminarobrigada luisa pelo convite!!
Olá Júlia.
ResponderEliminarVotos de boa noite!