
gosto de imaginar o sol, dentro do peito
igual a uma gerbera pujante
que no estio nos extingue a morte e o medo
no Inverno nos brilha a vida estanque
o tempo devolve os seus sinais
e hoje apenas sei olhar para trás
para onde o Sol me brilha mais
não importa a rima fácil
nem que tudo passe, até o tempo
que a indiferença me orne o regaço
como uma papoila triste
num ninho de garça
não importa, insisto neste facto
que fiquem vazios de ti os meus braços
pois é minha a chama que carrego
pois são meus os versos nus e baços
mas por muita paz que sinta
é tua a trança que desfaço
e tua a tapeçaria que teço e desteço
mas já na ilha não há esperança
de um dia voltares,
onde nunca chegaste antes...
o lugar do inamovível beijo
a arca branda, o breve toque
a gerbera do desejo.
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