23.1.09

te(a)mores

temo por esta água, meu amor,
que nos arrasta para dentro das palavras
e corta intensa todas as amarras

temo por águas que nos galguem
sem nos levar unidos
como dois juncos à deriva

temo por esta pele sem ti
temo pela guarida que me tarda
temo que me não venha
e que a vida se confine
a nada...

tempos sem memória
a pele cosida finamente, pontos
na fala, silêncio cerzido na boca
e a carta escrita e pronta

temo pela água que nos parou
o rio lânguido, temo por nós presos ao fundo
sem asas para emergir

fico contigo... assim no arco dos acordes
mais intensos. bom fim de semana, príncipe adorado

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