cai lentamente a manhã
e o silêncio dos dias quietos
como uma casa cálida e quente
ou um abrigo de afectos
a manhã guarda do sol
a sua fronte ardente
e um beijo, um adejar de borboleta
é o gesto que se desprende
são coisas leves
pássaros em voos no vento
a levedura das nuvens
elevada e ardente
uma promessa de azul
suspensa no horizonte
são dias limpos e promissores
nada se espera de concreto
porém a vinda é certa
e o momento encantador
em horas afluentes
de uma manhã tão generosa
os sentidos reúnem
o que sentem sem pensar
e sem nomear ninguém
sabem que a chegada não conta
e que o mais importante é esperar
e tudo que importa é saber...
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