gosto dos dias de Inverno assim frios e demorados,
com uma pontinha de sol nos passeios da cidade
mesmo que não cresçam nem lírios nem cactos
a cidade ao sol é um jardim de asfalto
fico a beber o azul em sorvos destacados
sei que o mundo nem sempre é harmonia,
no nosso lugar mais reservado
mas reter a poesia do momento
numa rua banal de uma cidade
é um encontro ocasional, inesperado,
com o lugar que vivemos - tão leve, como o ar frio da cidade -
e o que somos, presente sempre mais e mais passado,
vida que se vai esfumando
como as nuvens que antes ocuparam o vazio
agora fresco e azulado
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Recentemente...
Poemas de partir
Alguns poemas são virtuosos. Valem ouro. Outros cheios de pena, voam pouco. Outros ainda são tontos e bailam muito. Mas os meus preferidos s...
Mensagens populares neste blogue
-
Ele costuma escrever-lhe cartas riscadas como vinil, cartas sem nome, curtas e voláteis, mas ela lia claramente o som da voz, a saudade da...
-
Entre montanhas planeio voos e plano sobretudo o lugar da ilha A vida existe mesmo que a não queira. Mesmo que a chame e a submeta aos pés d...
-
A idade é um percalço programado. Nas pedras é musgo e pó. No corpo é uma delicadeza de cetim amarrotado. Nesse pano acetinado a idade não s...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio