orvalhadas folhas sob a chuva que por dentro cai
chuva que colhe a lentidão do pensamento, uma flora fina
do rosto em raízes semeadas no peito,
assim se resolve a tarde, em volta dos olhos,
como se fosse fio
e corresse cada vez mais para dentro
já não sei viver. ensina-me o tempo
que a vida se escoou e eu não soube
orvalhadas folhas na chuva que só eu ouço
não quero pensar, nem sentir por dentro,
o que a vida por fora me escavou
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