aprender a caminhar na linha entre o céu e o inferno
rasar a beira do lume sem arder por fora
até ao distante cume da escuridão
pisar o gelo e o granizo em pés silentes
procurar afinar a desarmonia pelo brilho possível
que nos rasga o céu entre dois sorrisos
arregimentar todos os cristais do céu
na refracção do sol sobre o olhar
seremos transeuntes de um tempo diminuto
com a escuridão a esmagar os pés
mas sabemos onde se encontra o sol
e bebemo-lo em silêncio, uma e outra vez
a sós
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