a tarde amenamente rosada
o tempo a verter suavemente
os minutos e as palavras
fala-me agora
das altas chamas de fogo
vertidas pelas quebradas
das planuras que alisas
para doares o teu olhar
da força que imprimes no leme
e dos nós para cá chegares
da espuma que lavras nas nuvens
quando comigo sonhares
eu, agora que, branca,
ergo a claridade e o crepúsculo
ouço-te com a força dos meus músculos
fibra persistente em encontrar o teu olhar
agora que a noite nos visita
vestida de penumbra e ilusão
é tempo de a palavra se vestir
com lantejoulas de luar
e sonhos na palma da mão
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Recentemente...
Ângulos
Escuta Esta noite é mais aguda. Alguns cães ainda ladram à passagem da nossa sombra. Eu estou sentada no eixo duma escuridão sem nome. Tu re...
Mensagens populares neste blogue
-
Ele costuma escrever-lhe cartas riscadas como vinil, cartas sem nome, curtas e voláteis, mas ela lia claramente o som da voz, a saudade da...
-
Há quantas luas levamos o tempo às costas, nas mãos alagadas de suor? E há quantas luas lemos os seus sinais, as nuvens que a encobrem, rasa...
-
Atravessar contigo o rio, comove tanto, o passo tonto. Atravessar contigo o rio, uma pedra, outra pedra, saltas tu, salto eu, aqui dá fundo,...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio