5.3.11

a tarde amenamente rosada
o tempo a verter suavemente
os minutos e as palavras

fala-me agora
das altas chamas de fogo
vertidas pelas quebradas

das planuras que alisas
para doares o teu olhar

da força que imprimes no leme
e dos nós para cá chegares

da espuma que lavras nas nuvens
quando comigo sonhares

eu, agora que, branca,
ergo a claridade e o crepúsculo
ouço-te com a força dos meus músculos
fibra persistente em encontrar o teu olhar

agora que a noite nos visita
vestida de penumbra e ilusão
é tempo de a palavra se vestir
com lantejoulas de luar
e sonhos na palma da mão

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa aqui um lírio

Recentemente...

Ângulos

Escuta Esta noite é mais aguda. Alguns cães ainda ladram à passagem da nossa sombra. Eu estou sentada no eixo duma escuridão sem nome. Tu re...

Mensagens populares neste blogue