Foto de Douglas R.Vieira no Flickr
lanço os pássaros da manhã dos seus beirais
as nuvens tardias lanço-as também
recolho as flores presas nos jardins do vento
dissemino, lanço longe os estames e os gineceus
semeio canteiros com novas palavras
com o objectivo de mondar as ervas más
que fique no ar apenas pólen gracioso
algumas borboletas e a manhã alta sob o sol
que tenhas nas tuas mãos a obra divina
e a rara essência do amor que me adivinhas
salta a montanha, prende os teus cabelos
solta a melodia que eu perdi
murmura-me em silêncio as palavras
como se fossem as conchas do passado
vieiras várias que eu nunca abri
bom dia, bom dia, bom dia!
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