Agora a noite vinha só para nós.
Saíamos com o coração na mão
e o corpo no olhar. Eu e tu, descalços
por dentro, na relva de um mundo em combustão. Seríamos o apogeu
de qualquer coisa, porque haveria de tremer a terra, cair o céu, antes de largarmos as mãos.
Agora nós íamos, agora nós voltávamos na mesma sombra ébria paralela a um passeio marginal.
Como as crianças, fingíamos que há um mundo verdadeiro no tempo inventado e os novos amantes clandestinos seríamos nós.
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