das areias do deserto
com que os amonitas banharam
a sede de entendimento do universo
a sede de entendimento do universo
Para que fizemos as cidades se nunca saímos do deserto
Somos donos dos céus, mas nunca estivemos perto
Somos cultivados mas não cultivamos nada que cresça para além dos ossos
E buscamos a sombra, cegos com o prodígio singular das coisas
As rugas que os povos do deserto esculpiram no seu rosto, quando se viram secos sob o sol mais perverso
Essas rugas de rigor fazem-nos falta.
Porque tudo que temos é climatizado, até
o amor, preso entre dois prédios, é de
um delicado fogo moderado
um delicado fogo moderado
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