Uma floreira de plástico
é o que vês. Flores contentes com
a falta do sol.
As minhas flores são rosas passadas,
lidas, amortalhadas em ti.
Com estas flores
espalho o aroma antigo da tua vinda.
E se hoje plastifiquei a paixão
é porque fixámos os limites no lugar de dentro
onde tudo fica preso entre palavras
e flores sintéticas
Quando os lábios podiam operar a
desconstrução do amor
numa pausada métrica
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