Os abutres andam por aí
Mal percebem a cor da carniça
Páram interessados
Sobrevoam e pousam
Pousam e voam
Já com a presa na boca
Os abutres levam o coração
o sangue e a vida
ao desgraçado
que avistam
Eu hei de morrer
Na boca dos abutres
Quem pode detê-los?
São sancionados
São a segurança social
São as finanças
São o estado
Ou são os bancos
As finsnceiras
Abutres disfarçados
Andam aí, por todo o lado
Um homem só se livra dos abutres
Se ficar subitamente rico
Se for sem-abrigo
Se morrer liso
Se apagar o seu nome da roda dos vivos
25.6.20
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