17.9.20

Manhã

 O dia começa no meu quadrante.

Penduro-me na Lua, bebo o seu mágico alimento e balanço-me na vida com o vazio aberto à minha frente. Mas confiante.

A escuridão não me pressente. Sou mais um ser invisível que começa a narrar o dia, porque sou estrutura muito além de gente.

Levo no peito um altar recente. Levo no olhar uma estrela, uma espécie de reacendimento. Acendi uma rosa no pensamento.


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