Amar um corpo que se distancia, numa curva vulgar que tanto leva o carteiro como o amor.
Amar o intocável, o mistério, o enigma e não poder estancar o amor.
É como cobrir a alma com gelo.
É como refrigerar o olhar.
É como gelar os ossos.
É como morrer do sangue frio.
Amar o amor e amar o amado são duas faces da mórbida felicidade.
Mas eu morro de ternura pelo teu olhar.
Aqueço o meu corpo nos teus braços feitos para estreitar; diluo-me em ti como água fresca vinda do mais fundo mar.
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