escuta, era novembro e tu vinhas pela orla da sombra ao alcance dos muros beber os restos de um sol que poupáramos juntos
pensa, novembro pode ser ainda o mês que trilhamos à beira do abismo, com âncoras fundeadas na vida, para não cairmos
fala-me, eu estou na sétima onda da vida e a última é a mais funda e fecunda
talvez os corpos juntos como bagos do mesmo cacho crestem o melhor vinho, o melhor e mais junto abraço
ficamos, no meio do nada, com os olhos postos no primeiro passo, no primeiro segundo, meu amor, não tenho mais do que novembro para te dar tudo
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