Poema que é poema não é para ler, é para beber com os olhos ou esfregar na cara indiferente de quem não sente
Poema que é poema tem uma marcação na escala de Richter e faz tocar o violino do músico cego da esquina
Poema que é poema, se de amor for, recebe nos lábios a doçura do amor
Poema que é poema, sangra nos dedos do poeta, brilha nos olhos do amado
Poema que não é poema é uma descrição exata da natureza da vida, escombros de um sismo que soterrou a poesia
Eu queria ser um poema daqueles que cortam veias e transferem sangue, ânimo, ousadia
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio